03 Jogos já realizados pela Seleção Feminina no mundial no Japão e ainda vejo enxurradas de reclamações a respeito de nossas levantadoras.
Fofão pediu seu merecido descanso da Seleção Brasileira, afinal foram mais de 20 anos de serviços prestados. Muitos a vendo jogar hoje com serenidade, precisão na distribuição das bolas e no feeling de saber qual atacante deve receber bola no momento critico da partida, não imaginam que ela também passou por anos de formação. O caminho foi árduo, longo e com muitas derrotas até atingir a excelência. E após esse caminho longo ela foi coroada com o ouro olímpico de Pequim e o título de melhor levantadora.
Mas voltamos ao Mundial Feminino de 2010, tenho visto muitas criticas sobre a levantadora titular da nossa seleção, e muitos criticam sem embasamento apenas por terem maior afinidade com Fabiola ou Dani Lins. Mas em minha opinião temos duas atletas que se diferem muito. Fabiola tem muita personalidade, às vezes menor precisão nos levantamentos e mesmo assim em momentos críticos não tem medo de arriscar, ela pode errar e até perder, mas ninguém pode acusa-la de omissão.
Já Dani Lins tem talento, precisão nos levantamentos e quando está inspirada pode fazer a diferença, porém, eu a vejo sucumbindo quando pressionada e seu voleibol simplesmente desaparece. Falta controle emocional. Ela precisa deixar sua personalidade falar mais alto.
A falta de vivencia e experiência internacional das duas abre brecha para o técnico José Roberto Guimarães ter alternado com as levantadoras.
Agora minha pergunta é:
· Que mal tem nisso? Já que mesmo com essas alternâncias o Brasil vem se dando bem!
· Quem foi que decretou que uma equipe precisa de uma levantadora titular eterna e uma reserva absoluta? O Bruno Voloch (Veja aqui) com suas frustações “voleibolisticas” costumeiras?
Somos o país do voleibol e conquistamos este posto por planejamento e pela capacidade de adaptação ao voleibol moderno. Hoje está mais do que provado que o coletivo vence. Há tempos deixamos de ser a equipe que apenas uma atleta se destaca.
Sendo assim, atualmente neste mundial Fabiola por culpa de sua personalidade é titular na seleção. Fez um jogo irretocável contra a Holanda e atuou com propriedade. Dani Lins perde o posto por conta de sua apatia nos momentos críticos.
Mas como mencionei nada é eterno e o caminho árduo, longo e cansativo das duas está apenas começando. Desta forma vamos levando, rumo ao inédito e tão sonhado título mundial!
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