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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Érika fala da vida pessoal, do clássico contra Osasco e seleção brasileira


FONTE: Bruno Voloch


 Fale do atual momento de sua carreira.
Como um momento tranqüilo, consciente e feliz. Sou realizada.

Como é a Érika de hoje em dia?  
Hoje aprendi que poupar energia é tão importante como treinar muito. Tenho muita disposição, sim. Estava brincando que no meu aniversário vou colocar uma vela de 23 anos, porque as vezes as pessoas esquecem que eu já tenho 30. Fisicamente estou bem e me fazem treinar até mais que as meninas de 20.

Você sabe que é exemplo para o time? 
Isso na minha vida faz parte desde o começo. Sempre fui cobrada. Desde nova existem as cobranças e elas fazem parte da minha carreira. Então o exemplo é natural, tento passar e mostrar como tenho uma boa cabeça. Assim consegui me manter sempre no topo. Sei que tenho o respeito delas.  

Como foi esse amadurecimento?
A vida. Acho que tive a grande oportunidade de viver, mesmo que muito cedo, a vida. Quando somos adolescentes achamos e somos dono do mundo. Damos cabeçadas. Passe uma fase muito difícil nesse último ano e talvez o mais complicado da minha vida. Precisei ter a cabeça no lugar e consegui. Hoje amadureci muito.

O fato de ter começado cedo atrapalhou na seleção? 
Não. Foi uma opção minha pedir para ficar fora em 2005. Estava com a cabeça cansada e precisando cuidar da minha vida pessoal e depois voltei em 2007 ainda mais madura e mostrei isso lá tecnicamente. Sei que poderia estar, mas o Zé Roberto não me convocou mais, opção dele. Mas não me arrependo porque voltei e mostrei que era forte e que estava melhor ainda como pessoa. Eu sempre digo que lá é minha casa e sempre será porque amei representar o Brasil. Se algum dia precisarem de mim estarei aqui com toda disposição que mostrei na última superliga. Mas quem decide é o técnico e não eu. 

A seleção perdeu da Itália recentemente. A Itália é mais forte?
Não acho. O Brasil está acima de todos e é bem mais forte. As outras seleções caíram muito de nível.

Qual o maior adversário então da seleção?
Nós mesmas. Não acredito nesse papo de salto alto porque não temos ninguém que pense assim. Digo por momentos ou situações que acontecem muito com nós mulheres. Falo do psicológico porque no vôlei em quadra o Brasil é bem superior.

Quem é a melhor jogadora em atividade no Brasil? 
Vejo tudo muito igual. Não destaco nenhuma. 
  
Sua vida pessoal como está? 
Não tenho muito para falar. Estou solteira, amando morar no Rio de Janeiro e muito feliz com tudo que tenho conquistado na minha vida. 
   
E a Érika como mulher? 
Não trocaria nada em mim, gosto de tudo. Queria me cobrar um pouco menos, mas estou trabalhando esse lado. Passar por uma separação é muito difícil, mas estou reconstruindo minha vida. Adoro ir ao salão, pintar a unha de laranja rosa e vermelho. Amo meus pais eles são meu chão e ainda nesses últimos meses me mostraram ainda mais isso. Depois da separação voltei pra casa deles por opção e comecei a fazer terapia. Estou amando, sempre ouvia falar, mas nunca tinha feito. Quero fazer faculdade de administração em um futuro breve, quero um filho também e bem até casar novamente, quem sabe. 
 
Terapia por quê? 
Está sendo bom porque tento aprender a chorar. Tenho um pouco de dificuldade de chorar e isso não faz bem para meu organismo.

A Érika é uma unanimidade? 
Acho que sou uma identificação para as pessoas. Tenho e vivo muito em todos os meios sociais e percebo que sou referência do vôlei. Mas não me acho unanimidade.      
 
O que falar do jogo contra o Pinheiros? 
É uma grande equipe, tem um elenco muito forte que merece respeito. Não somos favoritas e será um jogo duríssimo.
   
No fim de semana tem clássico contra Osasco. Quem é favorito?
Osasco gastou muito mais que a gente para montar o  elenco. Acho que temos um grande elenco que também merece respeito, fora uma comissão muito competente. Osasco contratou 12 jogadoras caras para tentar ganhar o campeonato mais uma vez. Então são os favoritos e nós, São Caetano e Pinheiros, temos condições também de chegar lá. A obrigação é de Osasco.

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